Há quem duvide que os livros são portas de acesso a qualquer lugar deste ou de outro mundo. Provavelmente essas pessoas ainda não experimentaram a sensação de explorar o desconhecido através da leitura. Nesse caso, uma boa pedida é O nome da morte de Klester Cavalcanti. Além de passar uns dias às margens do Rio Tocantins, o leitor é convidado a acompanhar a história de Júlio Santana, o homem que matou 492 pessoas. Como nas grandes obras literárias, o autor utiliza os benefícios da descrição com maestria e, dessa forma, transmite alegria, tristeza, dúvidas e medo. Como negar que se ouve o disparo de espingarda na primeira morte? Como não compartilhar dos medos e receios de um assassino?
“Julão” tinha apenas 17 anos quando foi induzido pelo tio a se tornar um matador de aluguel. Aparentemente a “profissão” lhe oferecia um futuro melhor, ou ainda, um escape da comunidade pobre onde vivia. O remorso após a primeira morte teria impedido o jovem de trilhar esse caminho, se não fosse o refrigério que sentia após rezar dez “ave-marias” e vinte “pai-nossos”. Como bom conhecedor da vida na mata, também trabalhou guiando o Exército na captura de comunistas às margens do Rio Araguaia. Ver a maneira como as autoridades realizavam as torturas fez com que enxergasse a morte com naturalidade e sentisse prazer em ter nas mãos o poder sobre a vida do outro.
Em O nome da morte, o leitor coloca à prova seus conceitos sobre violência e duvida dos sentimentos pelo protagonista da história. Passa a enxergar os criminosos como pessoas comuns, dessas que têm um coração batendo no peito. É estimulado a uma reflexão profunda sobre a importância da educação na formação do ser humano e tem o privilégio de experimentar a ação transformadora que um bom livro oferece. Klester Cavalcanti utiliza um vocabulário atraente e, ao mesmo tempo, agradável de ler. Ingrediente já consagrado em sua obra anterior, Viúvas da terra, vencedora do Prêmio Jabuti em 1995.
“Julão” tinha apenas 17 anos quando foi induzido pelo tio a se tornar um matador de aluguel. Aparentemente a “profissão” lhe oferecia um futuro melhor, ou ainda, um escape da comunidade pobre onde vivia. O remorso após a primeira morte teria impedido o jovem de trilhar esse caminho, se não fosse o refrigério que sentia após rezar dez “ave-marias” e vinte “pai-nossos”. Como bom conhecedor da vida na mata, também trabalhou guiando o Exército na captura de comunistas às margens do Rio Araguaia. Ver a maneira como as autoridades realizavam as torturas fez com que enxergasse a morte com naturalidade e sentisse prazer em ter nas mãos o poder sobre a vida do outro.
Em O nome da morte, o leitor coloca à prova seus conceitos sobre violência e duvida dos sentimentos pelo protagonista da história. Passa a enxergar os criminosos como pessoas comuns, dessas que têm um coração batendo no peito. É estimulado a uma reflexão profunda sobre a importância da educação na formação do ser humano e tem o privilégio de experimentar a ação transformadora que um bom livro oferece. Klester Cavalcanti utiliza um vocabulário atraente e, ao mesmo tempo, agradável de ler. Ingrediente já consagrado em sua obra anterior, Viúvas da terra, vencedora do Prêmio Jabuti em 1995.