Outro profissional que enriquece a cultura de Urussanga é Itálico Dagostin. Disposto a manter a tradição da família, ainda hoje, produz cachaça de maneira artesanal. Para ele, essa é uma forma de lembrar com carinho do velho pai, quem lhe ensinou a atividade há mais de 60 anos. Com tanto tempo de experiência, o homem inspira segurança enquanto fala sobre o assunto. Comenta que a cachaça é uma bebida destilada obtida através da fermentação do caldo de cana. Também destaca que o produto foi sua principal fonte de renda durante décadas. A produção média era de 5000 litros por ano e a maior parte das vendas acontecia no sul do estado.
O alambique fica em uma antiga construção de tijolos à vista. Enquanto Itálico abre as janelas para iluminar o local, é possível ouvir o barulho dos tímidos pingos de pinga. Com humor irreverente e despreocupado com a modéstia, ele garante produzir aguardente da melhor qualidade e pureza. Explica que, antes da destilação, é adicionado água e levedos ao caldo de cana e deixado em repouso por doze horas. Em seguida, esse líquido fermentado é colocado em uma parte do alambique conhecida como caldeira e submetido à alta temperatura. Durante esse processo, o vapor escapa por um cano que passa por dentro de uma caixa com água. Isso faz com que ele esfrie e seja novamente transformado em líquido. Dessa vez, cachaça.
Desde criança, Itálico foi incentivado ao cultivo da cana-de-açúcar. Ele cresceu vendo seus pais plantando, colhendo e moendo cana. Além disso, tinha orgulho dos derivados que a família comercializava: açúcar mascavo, melado e, claro, cachaça! Embora tenha consciência de que a busca por esses produtos diminuiu, o produtor de aguardente ainda mantém a roça de cana. Já não vende cachaça em barril como antigamente, mas vende em litros. Já não transporta para outras cidades, mas oferece aos vizinhos e turistas em um armazém que possui ao lado de casa. “De minha parte, isso aqui não pára enquanto eu estiver aqui na Terra. São, com vida e saúde”, acrescenta.
O prazer e satisfação que Itálico sente ao exercer essa profissão são revelados no armazém. Afinal, como não perceber o cuidado de expor os diversos tipos de licor nas prateleiras? Sejam de flores ou frutas, cada um deles tem sabor marcante. E, estando à mostra, parecem fazer um convite para serem degustados. Já a decoração é rústica, contando com a exposição de objetos e ferramentas que já são considerados relíquias. Ao ser indagado sobre a possibilidade de alguém continuar a atividade, o cachaceiro lamenta, pois acredita que será o último da sua família. “Quem é que vai sair do emprego para estar aqui? Acontecer isso é muito difícil”.
O alambique fica em uma antiga construção de tijolos à vista. Enquanto Itálico abre as janelas para iluminar o local, é possível ouvir o barulho dos tímidos pingos de pinga. Com humor irreverente e despreocupado com a modéstia, ele garante produzir aguardente da melhor qualidade e pureza. Explica que, antes da destilação, é adicionado água e levedos ao caldo de cana e deixado em repouso por doze horas. Em seguida, esse líquido fermentado é colocado em uma parte do alambique conhecida como caldeira e submetido à alta temperatura. Durante esse processo, o vapor escapa por um cano que passa por dentro de uma caixa com água. Isso faz com que ele esfrie e seja novamente transformado em líquido. Dessa vez, cachaça.
Desde criança, Itálico foi incentivado ao cultivo da cana-de-açúcar. Ele cresceu vendo seus pais plantando, colhendo e moendo cana. Além disso, tinha orgulho dos derivados que a família comercializava: açúcar mascavo, melado e, claro, cachaça! Embora tenha consciência de que a busca por esses produtos diminuiu, o produtor de aguardente ainda mantém a roça de cana. Já não vende cachaça em barril como antigamente, mas vende em litros. Já não transporta para outras cidades, mas oferece aos vizinhos e turistas em um armazém que possui ao lado de casa. “De minha parte, isso aqui não pára enquanto eu estiver aqui na Terra. São, com vida e saúde”, acrescenta.
O prazer e satisfação que Itálico sente ao exercer essa profissão são revelados no armazém. Afinal, como não perceber o cuidado de expor os diversos tipos de licor nas prateleiras? Sejam de flores ou frutas, cada um deles tem sabor marcante. E, estando à mostra, parecem fazer um convite para serem degustados. Já a decoração é rústica, contando com a exposição de objetos e ferramentas que já são considerados relíquias. Ao ser indagado sobre a possibilidade de alguém continuar a atividade, o cachaceiro lamenta, pois acredita que será o último da sua família. “Quem é que vai sair do emprego para estar aqui? Acontecer isso é muito difícil”.