Estreou no último 11 de dezembro o 49º longa-metragem de animação da Disney, A Princesa e o Sapo. Inspirados na fábula dos Irmãos Grimm, os diretores John Musker e Ron Clements deram vida a esse fascinante conto de fadas. A dupla de veteranos que já havia trabalhado em O Ratinho Detetive, A Pequena Sereia, Aladdin, Hércules, e Planeta do Tesouro traz de volta as técnicas de animação tradicional, desenhos feitos à mão. O último filme produzido dessa forma foi Nem Que a Vaca Tussa (2004). “A lendária forma de Walt Disney contar suas histórias, seus personagens de sucesso e sua exuberância musical é uma parte essencial do nosso mais novo projeto de animação”, diz o produtor executivo John Lasseter.
A história se passa em Nova Orleans, 1920. Lá, vive uma jovem chamada Tiana que sonha em abrir seu próprio restaurante. Seguindo o exemplo de seus pais, ela trabalha muito para concretizar esse desejo. Porém, aconteceu algo que ela não esperava. Chega à cidade, o príncipe Naveen do reino distante da Maldônia. Surpreendido por um feiticeiro vodu chamado Dr. Facilier, o príncipe é transformado em sapo e a única forma de quebrar o encanto é ganhando o beijo de uma princesa. Desesperado e sem opções, ele implora que Tiana o beije. Mas, como ela não é uma princesa, também é transformada em anfíbio.
Buscando recuperar sua forma humana, Naveen e Tiana partem na missão de encontrar uma velha feiticeira chamada Mama Odie. Enquanto vagam pelos pântanos da Louisiana, fazem grandes amigos. Entre eles, o humilde e apaixonado vaga-lume Ray e o jacaré tocador de trompete, Louis. Outro ponto marcante de A Princesa e o Sapo é o retorno aos clássicos musicais. São sete canções inéditas, compostas pelo premiado compositor Randy Newman. O estilo musical predominante é o jazz.
Opinião do Crítico
Em 1994, a Disney associada aos estúdios Pixar lançou o primeiro longa-metragem de animação produzido totalmente por computador, Toy Story. Diante da unânime aceitação do público, a empresa passou a investir cada vez mais nessa nova técnica a ponto de comprar os estúdios Pixar em 1996. Na época, a única queixa do público era relacionada aos movimentos dos personagens humanos que não pareciam naturais. Com essa deficiência, os novos filmes ficaram limitados a histórias de caráter mais leve, ou ainda, infantil. Afinal, seria desastroso produzir clássicos como O Corcunda de Notre Dame e Pocahontas em 3-D.
A repercussão que A Princesa e o Sapo causou prova que já estávamos com saudades do estilo que consagrou a Disney por mais de 70 anos como a maior produtora de animação. Apostar no trabalho de John Musker e Ron Clements foi uma boa pedida para esse recomeço, mas não o suficiente para resgatar a magia dos grandes clássicos. Apesar dos personagens serem cativantes, faltou romantismo na história e o seguimento musical é pouco atraente. Sem dúvida, o compositor ideal para esse filme seria Alan Menken, premiado por A Pequena Sereia, Aladdin, A Bela e a Fera e Pocahontas. Porém, ele havia trabalhado recentemente em Encantada e os diretores temiam que as produções ficassem parecidas.
O vilão da história, Dr. Facilier, traz as impressões digitais de Musker e Clements. Em alguns momentos, os traços do personagem lembram Jafar, de Aladdin. E, como em outras produções, os diretores não se importaram em expor de maneira explícita o papel do mal. Isso faz com que o filme tenha um caráter sombrio bastante marcante. Outro aspecto que repercutiu foi o fato de o longa-metragem apresentar a primeira princesa negra da Disney, Tiana. Quem se antecipou a dar opinião, fez relação direta com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Porém, o filme estava em produção antes mesmo das eleições.
E, como se não bastasse, Tiana vem quebrando outros tabus da realeza. Ao contrário de jovens delicadas e indefesas, como Branca de Neve e Cinderela, Tiana possui um objetivo na vida e trabalha muito para isso. É uma mulher de atitude e toma sábias decisões sem esquecer os valores passados por sua família. Essa personagem é uma forma de homenagear à mulher moderna, pois assume papel competidor com homem no mercado de trabalho sem perder a sensibilidade e o carisma.
De um modo geral os personagens são coloridos e atraentes, mas o relacionamento do vaga-lume Ray e a estrela Evangeline rouba a cena. No início, era uma espécie de amor platônico: Ray admirava a beleza da estrela e apenas sonhava em encontrar aquela vaga-lume de luz tão intensa. Porém, ao ser esmagado pelo Dr. Facilier, o adorável personagem passa a ser mais uma estrela brilhante no céu, se unindo à sua amada para sempre. Esse momento é realmente emocionante, levando até mesmo os adultos às lágrimas. Vale destacar também a melhor amiga de Tiana, Charlote. Ela é responsável por boa parte das piadas ao longo do filme. Por sinal, piadas de muito bom gosto.
Coincidência ou não, A Princesa e o Sapo também dá uma lição de respeito às diferenças. Podemos observar isso no jacaré Louis que sonhava em tocar jazz. Ele vivia frustrado por que aterrorizava as pessoas todas as vezes que tinha a oportunidade de mostrar seu talento. Mas, com o passar do tempo, passou a ser admirado. Afinal, o que seria mais impressionante que um jacaré tocando trompete? Isso prova que as diferenças podem tornar algumas atividades ainda mais interessantes. Uma cena desagradável é quando Tiana em forma de sapo é capturada por caçadores e, em seguida, é resgatada. A seqüência é cansativa e não influencia a história, portanto deveria ser eliminada.
A história se passa em Nova Orleans, 1920. Lá, vive uma jovem chamada Tiana que sonha em abrir seu próprio restaurante. Seguindo o exemplo de seus pais, ela trabalha muito para concretizar esse desejo. Porém, aconteceu algo que ela não esperava. Chega à cidade, o príncipe Naveen do reino distante da Maldônia. Surpreendido por um feiticeiro vodu chamado Dr. Facilier, o príncipe é transformado em sapo e a única forma de quebrar o encanto é ganhando o beijo de uma princesa. Desesperado e sem opções, ele implora que Tiana o beije. Mas, como ela não é uma princesa, também é transformada em anfíbio.
Buscando recuperar sua forma humana, Naveen e Tiana partem na missão de encontrar uma velha feiticeira chamada Mama Odie. Enquanto vagam pelos pântanos da Louisiana, fazem grandes amigos. Entre eles, o humilde e apaixonado vaga-lume Ray e o jacaré tocador de trompete, Louis. Outro ponto marcante de A Princesa e o Sapo é o retorno aos clássicos musicais. São sete canções inéditas, compostas pelo premiado compositor Randy Newman. O estilo musical predominante é o jazz.
Opinião do Crítico
Em 1994, a Disney associada aos estúdios Pixar lançou o primeiro longa-metragem de animação produzido totalmente por computador, Toy Story. Diante da unânime aceitação do público, a empresa passou a investir cada vez mais nessa nova técnica a ponto de comprar os estúdios Pixar em 1996. Na época, a única queixa do público era relacionada aos movimentos dos personagens humanos que não pareciam naturais. Com essa deficiência, os novos filmes ficaram limitados a histórias de caráter mais leve, ou ainda, infantil. Afinal, seria desastroso produzir clássicos como O Corcunda de Notre Dame e Pocahontas em 3-D.
A repercussão que A Princesa e o Sapo causou prova que já estávamos com saudades do estilo que consagrou a Disney por mais de 70 anos como a maior produtora de animação. Apostar no trabalho de John Musker e Ron Clements foi uma boa pedida para esse recomeço, mas não o suficiente para resgatar a magia dos grandes clássicos. Apesar dos personagens serem cativantes, faltou romantismo na história e o seguimento musical é pouco atraente. Sem dúvida, o compositor ideal para esse filme seria Alan Menken, premiado por A Pequena Sereia, Aladdin, A Bela e a Fera e Pocahontas. Porém, ele havia trabalhado recentemente em Encantada e os diretores temiam que as produções ficassem parecidas.
O vilão da história, Dr. Facilier, traz as impressões digitais de Musker e Clements. Em alguns momentos, os traços do personagem lembram Jafar, de Aladdin. E, como em outras produções, os diretores não se importaram em expor de maneira explícita o papel do mal. Isso faz com que o filme tenha um caráter sombrio bastante marcante. Outro aspecto que repercutiu foi o fato de o longa-metragem apresentar a primeira princesa negra da Disney, Tiana. Quem se antecipou a dar opinião, fez relação direta com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Porém, o filme estava em produção antes mesmo das eleições.
E, como se não bastasse, Tiana vem quebrando outros tabus da realeza. Ao contrário de jovens delicadas e indefesas, como Branca de Neve e Cinderela, Tiana possui um objetivo na vida e trabalha muito para isso. É uma mulher de atitude e toma sábias decisões sem esquecer os valores passados por sua família. Essa personagem é uma forma de homenagear à mulher moderna, pois assume papel competidor com homem no mercado de trabalho sem perder a sensibilidade e o carisma.
De um modo geral os personagens são coloridos e atraentes, mas o relacionamento do vaga-lume Ray e a estrela Evangeline rouba a cena. No início, era uma espécie de amor platônico: Ray admirava a beleza da estrela e apenas sonhava em encontrar aquela vaga-lume de luz tão intensa. Porém, ao ser esmagado pelo Dr. Facilier, o adorável personagem passa a ser mais uma estrela brilhante no céu, se unindo à sua amada para sempre. Esse momento é realmente emocionante, levando até mesmo os adultos às lágrimas. Vale destacar também a melhor amiga de Tiana, Charlote. Ela é responsável por boa parte das piadas ao longo do filme. Por sinal, piadas de muito bom gosto.
Coincidência ou não, A Princesa e o Sapo também dá uma lição de respeito às diferenças. Podemos observar isso no jacaré Louis que sonhava em tocar jazz. Ele vivia frustrado por que aterrorizava as pessoas todas as vezes que tinha a oportunidade de mostrar seu talento. Mas, com o passar do tempo, passou a ser admirado. Afinal, o que seria mais impressionante que um jacaré tocando trompete? Isso prova que as diferenças podem tornar algumas atividades ainda mais interessantes. Uma cena desagradável é quando Tiana em forma de sapo é capturada por caçadores e, em seguida, é resgatada. A seqüência é cansativa e não influencia a história, portanto deveria ser eliminada.
Confira o trailer oficial veiculado no Brasil:
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2 comentários:
A "Obamamania" fez a Disney se lembrar de que em 48 filmes e várias princesas, nunca antes de "A Princesa e o Sapo" houve uma protagonista negra. As princesas eram árabes, sereias, medievais, não negras. O "americanismo enraízado" se esqueceu de os EUA que não tiveram Idade Média, não existem sereias e os árabes são seus rivalíssimos terroristas até a morte. Se foi preciso esperar mais de 70 anos para ver uma princesa negra, quanto tempo será preciso esperar para ver uma princesa deficiente ou homossexual?
Pior que esperar tanto tempo é ver um esteriotipo de "raça".. uma negra sofrida, pobre e que se da mal.. afff Disneylandia!!!
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